Governança e Acreditação: um caminho para a sustentabilidade

Em um mundo cada vez mais competitivo e disruptivo, precisamos compreender os cenários e nos preparar para nos adaptarmos as mudanças essenciais para a permanência no mercado.

 

Quando falamos do mundo VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo) estamos nos referindo a um termo criado no final dos anos 80, mais especificamente nas escolas de guerra americanas. Este conceito foi criado para explicar o “mundo novo” que se descortinava com o final da Guerra Fria e a queda do muro de Berlim. Quando o conceito mundo VUCA surgiu, usávamos máquinas de escrever, não existia cartão de crédito e nem telefones celulares. No Brasil, ainda vivíamos o governo militar, não existia internet e computador era um artigo futurista. Fomos moldados de maneira a pensar de forma serial, cartesiana. Adoramos check lists, receitas de bolo, manual de instruções, bullet points e prioridades.

 

Agora o mundo é dos que abrem um milhão de janelas ao mesmo tempo. Não é possível atuar de maneira estruturada em um mundo desestruturado. Uma empresa do mundo VUCA vai seguir um planejamento estratégico achando que nada vai mudar ao longo do tempo. Uma empresa do mundo BANI (Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível) vai se planejar para executar fielmente um planejamento estratégico, analisando-o criticamente num período de 3 meses, considerando cenários, avaliando resultados e revisando-o se for necessário. A metamorfose é ambulante e a dinamicidade exige agilidade, adaptabilidade e flexibilidade. O melhor exemplo disso é o processo de liberação de uma vacina que demorava no mínimo 5 anos e tivemos que fazer em menos de 2 anos.

 

Claramente, deixamos o mundo VUCA e entramos em um novo nível ou fase BANI. Portanto, é preciso se preparar e refletir:

 

  • Se algo é Frágil, requer capacidade e resiliência.
  • Se nos sentimos Ansiosos, precisamos de empatia e atenção plena.
  • Se algo é Não linear, exige contexto e adaptabilidade.
  • Se algo é Incompreensível, exige transparência e intuição.

 

Portanto, é essencial preparar a Governança e implantar imediatamente boas práticas de governança corporativa para surfar nesta nova onda BANI. Uma das principais responsabilidades do conselho de administração é acompanhar as mudanças no ambiente econômico, político, legal, tecnológico e social para refleti-las na gestão estratégica das empresas. Compreender o mundo BANI e os princípios da governança (transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa) é fundamental para sobrevivência neste novo tempo.

 

A área da saúde está vivenciando um momento de grandes oportunidades, recebendo investimentos externos, realizando IPOs, fusões ou aquisições. Este cenário está favorável àquelas organizações que estiverem preparadas para esta nova era, com governança, gestão de riscos, controles internos, compliance e pessoas engajadas num propósito que mobiliza e fortalece a cultura da excelência.

 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, lançou em março de 2020, a revisão do Programa de Acreditação (RN 452/2020), que é uma certificação de boas práticas para gestão organizacional e gestão em saúde, que tem como objetivo a qualificação dos serviços prestados pelas operadoras de planos de saúde, propiciando, em última análise, uma melhor experiência para o beneficiário.

 

As Operadoras de Planos de Saúde não são obrigadas a se certificarem neste programa, pois a adesão ao mesmo é voluntária. No entanto, aquelas que optam pela sua implementação na íntegra usufruem da melhoria da eficiência operacional, evitando desperdícios e custos desnecessários, oferecendo melhores serviços e, tendo como consequência, a retenção da sua carteira de beneficiários e atração de novos clientes. Atualmente apenas 30% dos usuários de planos de saúde são atendidos por operadoras Acreditadas.

 

Segundo a ANS entre as operadoras liquidadas entre 2012 e 2018, 100% delas tinham problemas de gestão e 82%, deficiência nos controles internos. Aí reside a importância de implantar boas práticas de governança, com controles internos e gestão de riscos no mercado de saúde. Neste sentido a agência publicou a RN 443/19, que trata de governança, riscos e controles internos, cujas aplicações serão obrigatórias a partir de 2022, na qual será necessária a verificação, por auditor independente ou pela auditoria de acreditação, de práticas mínimas, como tratamento de recomendações sobre controles internos e gestão de riscos, análise e monitoramento econômico-financeiro, práticas de gestão de riscos (subscrição, crédito, mercado, legal e operacional); e transparência. Os relatórios deverão ser enviados periodicamente à ANS.

 

Com o objetivo de incentivar a governança, a operadora que evidenciar o cumprimento integral de práticas mínimas de governança será agraciada com redução nos fatores de capital, certa de 15% do capital baseado em risco total. Agora as vantagens não são somente para a melhoria da gestão, elas se refletem também no ganho financeiro.

 

Para aperfeiçoar o seu desempenho no curto prazo e sustentá-lo no longo prazo, as empresas precisam compreender e adotar Melhores Práticas de Governança Corporativa, sustentadas pelos princípios da transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. O conselho de administração deve ter um entendimento claro dessas questões para incorporá-las na estratégia da empresa e no monitoramento do desempenho visando à sustentabilidade. Não há mais espaço para amadorismo e microgestão. É preciso perceber nas normativas e programas lançados pelo órgão regulador, uma oportunidade para o estabelecimento de modelos de negócios sustentáveis. É ir além das políticas, normativas, padrões de trabalho e programas documentados. Agora é hora de compreensão do modelo de negócio, definição de políticas e procedimentos que de fato fazem sentido e são implementadas na íntegra gerando valor aos stakeholders. Sua organização já está preparada para este novo momento?

Soluções em Lifelong learn para desenvolver sua equipe e o apoio de consultorias especializadas podem ser uma opção para essa transição!

 

Ana Giovanoni, CEO do Grupo Giovanoni, Vice-presidente de Governança no HUBRH+ da Associação Brasileira de Profissionais de Recursos Humanos-ABPRH, atua na área de Consultoria Organizacional e Governança Corporativa, especialista em Ressignificação do modelo de educação, capacitação e gestão para transformar as organizações, contribuindo com sua sustentabilidade no longo prazo.

 

Sobre o Grupo Giovanoni:

O Grupo Giovanoni tem como propósito “prover soluções holísticas para a gestão da saúde”, atuando na transformação da gestão das organizações por meio da implantação de Boas Práticas de Governança Corporativa, Gestão Estratégica e ressignificação dos modelos de negócio em prol da sustentabilidade corporativa das organizações.

Escrito por:

Consultora e CEO do Grupo Giovanoni, Ana Giovanoni.

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