A Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), em parceria com o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o Grupo Giovanoni, tem a honra de lançar, oficialmente, o MEG Saúde, um modelo de diagnóstico da gestão que soma os Fundamentos da Excelência da FNQ às peculiaridades do setor de saúde.
Com base no mundialmente reconhecido Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), da FNQ, foi desenvolvido o Instrumento de Avaliação da Maturidade da Gestão para Organizações de Saúde, com customização dos termos do MEG para a área da saúde; utilização de exemplos específicos do setor, facilitando o entendimento para as organizações; correlação com outras metodologias de acreditação/certificação, entre outras.
O objetivo é promover e disseminar a cultura da gestão para excelência e a transformação nos serviços de saúde do Brasil.
Como surgiu
A ideia de se criar o MEG Saúde surgiu de uma convergência de propostas. Assim, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas procurou a FNQ com a proposição de traduzir a linguagem do MEG dentro do Instituto, gerando uma publicação interna. Por sua vez, o Grupo Giovanoni apresentou, junto à Fundação, a proposta de traduzir o MEG para a linguagem do setor de saúde.
Com isso, a FNQ, entendendo as necessidades específicas de suas partes interessadas, em especial a sociedade brasileira, em relação às peculiaridades do setor da saúde, teve a iniciativa de criar este instrumento.
Público-alvo
O MEG Saúde é voltado para toda unidade que presta assistência à saúde e/ou apoio diagnóstico, pública ou privada, sociedade anônima, limitada ou com outra forma estatutária, que tem funções e estruturas administrativas próprias e autônomas, com ou sem finalidade de lucro, de porte pequeno, médio ou grande. Contempla hospitais, clínicas de atendimento geral ou especializadas, laboratórios, consultórios médicos e dentários, prontos-socorros, home care, entre outros. Contudo, não inclui operadoras de serviço, apenas as suas unidades assistenciais.
Benefícios
Ao implementar o MEG Saúde, a organização estrutura seu modelo de gestão, considerando os processos gerenciais, de classe mundial, destacados no MEG e a integração dos diversos modelos aplicados na empresa para o alcance de resultados mais competitivos e sustentáveis. Além disso, podemos destacar: a aplicação dos Fundamentos da Excelência do MEG; a visão sistêmica da organização com foco em resultados; e a identificação de pontos fortes e oportunidades de melhoria da gestão.
Como exemplos de benefícios específicos para a assistência, podemos mencionar: estruturação da identificação, tratamento e minimização de riscos (sanitários, de segurança, empresariais); estruturação de processos relacionados à Responsabilidade Socioambiental, envolvidos no setor, tais como o controle correto do uso de antibióticos e o descarte adequado dos resíduos hospitalares; preparação da unidade de saúde para situações de imprevistos no cenário de saúde; melhoria dos processos assistenciais, considerando a utilização de protocolos, discussão de casos, tomada de decisão com base em evidências clínicas, controle estatístico de processos, comparação do desempenho das equipes, entre outros.
Isenção e transparência
Todo trabalho de elaboração do MEG Saúde teve início em setembro de 2017, com a formação de um Núcleo de Estudo Técnico, coordenado pela FNQ.
O Núcleo dividiu-se em grupos para estudar as metodologias de acreditação e certificação específicas para o setor saúde, de forma a avaliar as correlações existentes com o MEG.
Com base nesse estudo, foram iniciadas as proposições de adequações de linguagem para o Instrumento de Avaliação, explicitando termos, expressões e exemplos específicos, para possibilitar um melhor entendimento dos conceitos do MEG. Foram feitas, também, algumas reuniões para consolidação desse material e a realização de avaliações-piloto para teste do Instrumento de Avaliação.
“O MEG Saúde é um instrumento isento, que cobre o que é exigido pelas acreditações hoje existentes, sem ter a pretensão de substituí-las. Constitui-se, sim, em um rico e detalhado material a ser utilizado para estruturar a gestão da área da saúde, garantindo segurança e qualidade e contribuindo para a certificação”, afirma o presidente executivo da FNQ, Jairo Martins. “O nosso objetivo é propor ações concretas para setores críticos da sociedade brasileira, como a saúde, por exemplo”, finaliza.
A expectativa é promover um modelo de gestão que garanta a profissionalização da gestão e um melhor uso dos recursos para maximizar o valor gerado para a sociedade.
Você pode degustar a publicação do MEG Saúde clicando aqui